Segurança dos inibidores de bomba de prótons
Os inibidores de bomba de prótons (IBP) ou conhecidos Prazóis do público em geral, Omeprazol, Pantoprazol, Esomeprazol e Dexlansomeprazol são medicações seguras e eficazes no tratamento do refluxo gastroesofágico ácido. Esses medicamentos representaram e ainda representam uma revolução no tratamento das doenças ácido dependentes. É interessante notar que são medicações mais eficazes que os antiácidos de outras classes e que o placebo em estudos que avaliaram a cicatrização das erosões esofágicas.
As dores torácicas, a queimação retroesternal, diminuição da regurgitação e esofagite erosiva são doenças que mudaram a sua evolução com o uso contínuo dessas medicações justificando seu amplo emprego pelos médicos de uma maneira geral e sempre lembrando que são seguros em estudos que analisaram também uso o crônico da medicação. Uso crônico (uso diário após anos) não causa demência, não causa doença renal, não causa fraturas ósseas, não causa aumento do risco de infarto, não causa deficiência de zinco, ferro ou vitamina B12, não aumenta o risco de neoplasias.
O uso prolongado (maior que 30 dias) também se justifica uma vez que a resposta dos pacientes para o uso da medicação é melhor após 14 dias fazendo o uso diário do IBPs.
Quando a observação clínica visa o uso crônico (anos) os paciente que possuem esôfago de Barret, esofagite graus C e D de Los Angeles (classificação mais utilizada), úlcera péptica por uso de AINEs ou Sindrome de Zollinger-Ellison, DRGE com sintomas recorrentes, AAS em paciente que usam corticoide ou possuam mais de 65 anos ou usem anticoagulantes devem usar a medicação diária e contínua para atingirem o objetivo do tratamento.
Todos o IBPs são eficazes no tratamento das doenças ácido dependentes, pacientes que ainda mantém os sintomas com a dose padrão podem se beneficiar com a dose mais alta.
As medicações mais novas e com maior período de ação podem ajudar mais no controle dos sintomas noturnos e extra esofágicos, a remissão dos sintomas ocorrem em 61% dos paciente em 4 semanas gira em torno de 85 % em 8 semanas.
Concluindo, O uso crônico é seguro devendo ser mantido com a menor dose possível de medicação diária. Sempre devemos considerar mudanças de estilo de vida, reeducação do paciente e perda ponderal para controle adequado dos sintomas sem o uso da medicação.